A gestão da qualidade é uma exigência para toda organização que tem o intuito de se manter competitiva e se perpetuar no mercado, pois é responsável por manter a plena satisfação dos clientes, também impactando colaboradores, fornecedores, investidores e parceiros.
Dessa forma, o investimento em melhorias contínuas para produtos, serviços e processos, promove ótimos resultados. Quer saber mais sobre os seus benefícios? Então continue a leitura e saiba mais sobre do que se trata a gestão de qualidade e quais são os seus pilares essenciais.
Sobre a definição da qualidade
Para compreender melhor sobre qualidade, é fundamental entender a sua definição. A palavra qualidade, é originada do latim ‘qualitate’. Os principais autores sobre o tema, como Deming, Crosby, Juran e Feigenbaun, buscaram definir com base em diversos princípios, dentre os quais precisam se adequar para implementar a qualidade nas organizações.
A norma brasileira ABNT NBR ISO 9000, estabelece qualidade como: “Grau no qual um conjunto de características inerentes satisfaz a requisitos”.
Dessa forma, a qualidade de um produto ou serviço pode ser mensurada quando atende às necessidades de seus clientes de forma eficaz. Além disso, cada indivíduo possui uma visão diferente no momento de pagar por um produto ou desfrutar de um serviço, dado que, serão baseados nas suas expectativas e necessidades, que poderão ser diferentes.
O conceito de gestão da qualidade foi evoluindo com o passar do tempo, a medida em que as pessoas tornaram-se mais exigentes em suas avaliações.
O que é Gestão da Qualidade?
A Gestão da Qualidade é um gerenciamento que tem foco na qualidade da produção e dos serviços de determinada organização.
Desse modo, o Japão foi o país a dar início a gerência de qualidade dos seus produtos e serviços, com o nome, em inglês, de “Total Quality Management” (TMQ), que significa Gestão da Qualidade Total (GQT). O surgimento se deu no período do fordismo e, no Japão, o toyotismo aplicou a nova técnica organizacional, no qual conseguiu equilibrar a economia no pós Segunda Guerra. No Brasil, o choque da globalização nos anos 80 e a abertura da economia motivaram os empresários a inovar, em busca de mais qualidade e competitividade frente a produtos importados que sempre desembarcaram por aqui.
Além disso, a década de 90 trouxe o início da utilização das normas ISO 9000, bem como, o Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade, criado pelo Governo Federal com o objetivo de auxiliar na competitividade dos produtos brasileiros. Vários Estados do Brasil implantaram e criaram programas da qualidade.
Nessa frente, nos dias de hoje os consumidores reivindicam cada vez mais qualidade dos serviços e produtos que obtêm. Por esse motivo, deu origem a diversas ferramentas do governo para auxiliar na defesa do consumidor. No Brasil, por exemplo, temos o Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (SINDEC), que é do Ministério da Justiça tem o foco em fazer o gerenciamento de atendimentos realizados pelo Procon; e o site Consumidor.gov, que é a plataforma, faz a integração entre a organização e o consumidor, no qual tem o intuito de ajudar a solucionar os problemas de consumo. Essa plataforma está sob a supervisão dos Procons e da Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça.
A importância da gestão da qualidade
O grande crescimento da concorrência nos últimos anos tem feito com que as empresas se preocupem mais com a qualidade de seus produtos e serviços, no intuito de reforçar suas vantagens competitivas. Uma série de fatores afeta negativamente no que se refere à qualidade e produtividade, assim como o desempenho e a competitividade das organizações, tais como:
- decisões sem sustentação, cruzamento de dados e fatos;
- posturas e atitudes que não proporcionem a melhoria contínua.
- capacitação deficiente de recursos humanos;
- modelos gerenciais antigos;
Diversas deficiências que podem ser reparadas com a implantação da gestão da qualidade, que visa uma análise sistêmica, no qual consegue identificar pontos que precisam de um melhor desempenho.
Por intermédio dela, é possível melhorar os processos, definindo um vínculo maior com os clientes e, consequentemente, gerando fidelização. Nessa frente, a criação de valor para os consumidores é um dos principais fatores que garantem a continuidade de qualquer organização.
Quais são os pilares da gestão da qualidade?
Os 8 pilares da gestão da qualidade são pontos que são utilizados como base para as empresas que querem eficácia na sua gestão, para se estabelecerem no mercado. Eles foram transformados com a publicação da ISO 9001, de 2015, e começaram a ser tratados como 7.
O item “visão sistêmica” se uniu ao “gerenciamento de processos”, entretanto, vamos tratar deles de forma separada, para facilitar a sua compreensão.
1. Foco no cliente
Dentre os principais fundamentos da qualidade é atender o cliente da melhor maneira possível., além de oferecer o melhor padrão de qualidade nos produtos e serviços. Dessa forma, a organização deve analisar as necessidades dos clientes, para que assim possa ser eficiente. Além disso, é necessário que a empresa esteja preparada para receber sugestões e responder com mais rapidez.
2. Liderança proativa
É papel dos gestores das empresas promover a cultura organizacional, elaborar e manter um ambiente favorável para que todos os empregados consigam desempenhar as suas tarefas da melhor maneira possível, e que se sintam encorajados e comprometidos a alcançar os objetivos propostos.
Nesse tipo de liderança, os gestores se baseiam nos indicadores para antecipar mudanças e prever problemas. São transformadores e modelam pensamentos, propagando entre seus liderados as crenças e proporcionando comportamentos e ações voltados à antecipação, criatividade e construção de novos cenários.
3. Melhoria contínua
A otimização de processos, assim como a gestão de qualidade, precisa ser um trabalho contínuo. Por esse motivo, os líderes de cada setor devem implantar os melhores e mais modernos processos, no intuito de elevar cada vez mais o desempenho do trabalho.
Dentre as metodologias, o PDCA é amplamente utilizado e de fácil aplicabilidade, sendo extremamente eficaz na resolução de problemas e na geração de melhorias.
4. Decisão baseada em fatos
O processo decisório dentro de um sistema de gestão de qualidade se deve partir de uma abordagem autêntica, dessa forma, deve ser baseado em fatos, por meio de dados concretos que sejam provenientes de indicadores que permitam uma análise lógica das informações. Nessa frente, às análises se tornam cada vez mais confiáveis, por terem um maior embasamento e serem isentas de meras intuições e palpites.
5. Boa relação com os fornecedores
É imprescindível que seja construído um relacionamento de benéfico com os fornecedores por meio de parcerias e alianças estratégicas. Dessa forma, esse trabalho em conjunto facilitará a criação de valor e a satisfação das necessidades e expectativas dos clientes.
Acima de tudo, a gestão de fornecedores permite o fortalecimento das parcerias, no qual garante a aquisição de insumos de qualidade para o fornecimento dos produtos ou serviços e a continuidade de ambos no mercado.
6. Visão sistêmica
Ter o absoluto conhecimento do todo faz com que a tomada de decisão que impactam positivamente a lucratividade da empresa como um todo. Desse modo,a visão sistêmica é a habilidade que faz com que os gestores analisem o cenário de forma ampla, considerando os inúmeros elementos, incluindo fatores internos e externos, no qual influenciam seu funcionamento.
Assim sendo, ela permite compreender e estruturar todos os processos e setores interligados para uma melhor interação, e identificar quando uma mudança em apenas um deles pode impactar o sistema inteiro.
7. Gerenciamento por processos
Após executar o mapeamento de forma detalhada todas as atividades da rotina operacional da empresa, é primordial que seja estabelecido metas e estratégias no intuito de aumentar o desempenho e corrigir inconformidades.
O gerenciamento de todos os recursos e atividades de uma organização como um processo é necessário, e contribui na implantação de melhorias, no monitoramento e controle dos indicadores que mais influenciam a sua cadeia de valor.
8. Conscientização de todos os funcionários
O líder precisa incentivar a participação de todos os trabalhadores da organização com as metas, estratégias e resultados. A conscientização e a participação das pessoas são fundamentais para crescimento da companhia.
Dessa forma, quando todos os funcionários compreendem o impacto do seu trabalho no resultado final da empresa, há aumento no compromisso e a participação com a finalidade de que haja cumprimento e aumento das metas estabelecidas.
Para tanto, é igualmente fundamental o investimento em treinamento e capacitação para um melhor atendimento aos clientes e execução dos procedimentos padronizados de segurança e garantia de qualidade no processo produtivo.
Qual a importância do controle de qualidade na indústria de alimentos?
De forma que se tenha comercialização de todos os produtos, é fundamental que todas as normas estabelecidas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) sejam implementadas.
Nessa frente, a agência estabelece todos os itens que precisam ser adotados no controle de qualidade e determina os processos fundamentais para que os produtos possam ser manipulados, preparados e armazenados de forma segura até chegarem ao consumidor final, mantendo sempre a adequada higiene.
O foco é garantir alimentos saudáveis, uma vez que as indústrias alimentícias devem implementar uma série de regulamentos estipulados pelas leis brasileiras durante a fabricação de seus produtos. Dessa forma, o intuito é observar a regularidade de todas as etapas dos processos produtivos para que possam atender às exigências do mercado, mantendo bons níveis de consumo e preservando as qualidades e características necessárias aos seus produtos.
A utilização de softwares como o ERP auxilia com todo esse processo. Afinal, as exigências dessa categoria de negócio são extremamente desgastantes, e o uso de um software adequado vai irá ajudar no gerenciamento da empresa, deixando-a em conformidade com as normas e padrões exigidos pela Anvisa.
Quais os benefícios do controle de qualidade?
Ao implantar o controle de qualidade de alimentos com a ajuda de um software adequado para a indústria alimentícia, é possível assegurar que todos os processos e métodos que são executados em cada etapa da produção estejam em conformidade com os padrões e normas estipulados pelas leis do país.
Os benefícios desta implementação são diversos, sendo que os essenciais são:
- garantia da segurança alimentar por meio da análise dos produtos;
- comunicação em tempo real com todos os envolvidos;
- clientes satisfeitos;
- padronização na gestão da organização;
- preservação da qualidade dos alimentos;
- integração de todos os departamentos;
- extinção de perdas desnecessárias, evitando que os alimentos sejam danificados, tenham o prazo expirado ou que os produtos e matérias-primas fiquem arruinados;
- aumento da lucratividade;
- mais rapidez no processo produtivo.
A utilização de ERPs integrados em toda a produção alimentícia é imprescindível no controle de todos os processos. Desse modo, os possíveis obstáculos são reduzidos e, com o controle de qualidade automatizado, é possível que a empresa elimine perdas em seu negócio.
E você, o que acha da gestão da qualidade? Conte para nós sobre a sua experiência e compartilhe este artigo com os seus amigos.
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