As pragas, doenças e plantas daninhas são os principais fatores que afetam a produtividade da lavoura e a qualidade dos alimentos produzidos.

Dessa forma, preparamos para você algumas dicas de manejo que podem ser adotadas, prezando sempre, as Boas Práticas Agrícolas e a produção sustentável.

Vem conferir.

O Brasil destaca-se no cenário mundial por ser uma das principais potências na produção de alimentos. No entanto, a incidência de pragas, doenças e plantas daninhas comprometem o rendimento das culturas, causando grande prejuízo ao mercado.

Nos últimos tempos, notou-se um grande aumento na incidência desses fatores sobre as principais culturas agrícolas. Por esse motivo, é essencial implantar as boas práticas de controle para garantir a qualidade dos alimentos e uma boa produtividade

Mas afinal, o que são Boas Práticas de Controle?

As Boas Práticas de Controle podem ser definidas como o conjunto de princípios, normas e recomendações técnicas de manejo, que tem como objetivo garantir uma boa produtividade, produzindo alimentos de qualidade sem agredir o meio ambiente e a saúde humana.

Quais as vantagens da implantação das Boas Práticas de Controle?

A implantação de técnicas adequadas traz grandes vantagens ao produtor rural, pois além de ter um produto final diferenciado, pode realizar a comercialização com maior valor agregado, sem deixar de contribuir com o meio ambiente, de preservar as suas áreas de cultivo e principalmente, a sua saúde.

Boas práticas de controle: 4 apostilas
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Por que realizar as Boas Práticas de Controle?

Há inúmeras pragas, doenças e plantas daninhas que assolam a agricultura prejudicando o desenvolvimento das culturas. Diante desse cenário, cada vez mais, novas tecnologias e boas práticas de controle são criadas para combater esses problemas.

As plantas daninhas interferem diretamente na qualidade dos produtos e na produtividade das lavouras. Elas são capazes de competir com as culturas por água, luz e nutrientes, além de liberarem substâncias que afetam a germinação e o crescimento das outras espécies. 

Leia mais em: O Impacto das Plantas Daninhas na Agricultura

Em relação às pragas, podemos considerar o inseto como uma praga potencial, quando ele realiza um ataque na planta e este ataque é capaz de causar um prejuízo econômico significativo ao produtor.

 Dependendo da espécie, da população da praga, da fase de desenvolvimento da planta e da estrutura que foi atacada, o prejuízo pode ser maior ou menor, tanto em quantidade como em qualidade do produto.

Saiba mais: Insetos-praga: Panorama Fitossanitário

Já as doenças de plantas, são consideradas anormalidades causadas por microrganismos (fungos, bactérias, vírus) e também por fatores ambientais, como temperatura, luz e umidade.

Elas causam diversos prejuízos, tanto ao produtor quanto ao consumidor final, pois as produções ficam comprometidas, os alimentos perdem qualidade e consequentemente, o preço pago ao produtor diminuiu.

Por esses motivos, torna-se fundamental adotar técnicas de manejo que preconizam as Boas Práticas Agronômicas.

Quais são as técnicas de controle utilizadas?

Como o próprio conceito já define, as Boas Práticas são o conjunto integrado de diversas técnicas de controle. Nesse contexto, o Manejo Integrado é o ponto chave de toda questão, tanto para o controle de pragas, como de doenças e plantas daninhas.

O Manejo Integrado de Pragas, Doenças e Plantas Daninhas é o uso de diferentes métodos de controle, de forma organizada e harmoniosa, que tem como objetivo atingir um controle efetivo desses organismos danosos.

Algumas técnicas podem ser implantadas dentro do conceito de Boas Práticas de Controle: 

Monitoramento da lavoura

A vistoria frequente da lavoura permite identificar qualquer aparecimento de planta daninha ou foco de pragas e doenças. Com isso, é possível acompanhar o progresso desses organismos danosos e avaliar os efeitos sobre a cultura, para então, decidir sobre a necessidade de adotar algum método de controle.

Rotação de culturas

Com a técnica de rotação de culturas é possível prevenir o surgimento, a fixação e a multiplicação de pragas e doenças na área, bem como, prevenir o aparecimento de plantas daninhas resistentes. 

Controle biológico

A utilização de produtos biológicos no controle de pragas, doenças e plantas daninhas, está se difundindo cada vez mais dentro do novo modelo de produção agrícola sustentável.

O controle biológico busca a preservação de outros seres vivos e do meio ambiente como um todo, assim como, a qualidade de vida e a melhoria da saúde humana.

Adubação

A adubação equilibrada das culturas é fundamental para evitar problemas ocasionados por organismos danosos, pois um solo bem nutrido evita o aparecimento de plantas daninhas, assim como, uma planta bem nutrida é mais imune ao ataque de pragas e doenças. 

Dessecação pré-plantio

A dessecação da área é realizada antes do plantio, para evitar o surgimento de plantas daninhas, e também, para que as culturas antecessoras não se tornem hospedeiras de insetos pragas. 

A dessecação em pré-plantio apresenta diversos benefícios como:

  • o aumento da qualidade dos grãos produzidos;
  • facilidade no controle e no manejo das plantas daninhas;
  • redução de perdas na colheita; 
  • maior facilidade no plantio e;
  • proteção do solo e aumento de umidade com a palhada seca.

Variedades resistentes

O controle varietal é obtido através da utilização de variedades resistentes, que devido às suas características modificadas geneticamente, são capazes de resistir ao ataque de pragas, sofrendo menores danos. 

Uso de sementes sadias

É muito importante adquirir sementes fiscalizadas de boa qualidade fisiológica e, principalmente, de boa qualidade sanitária.

A compra de sementes certificadas e produzidas em conformidade com a legislação confere maior segurança ao produtor rural, pois estas sementes são rigorosamente classificadas e não há riscos de conter outras sementes misturadas ao lote, como por exemplo, sementes de plantas daninhas, que podem germinar e infestar a área cultivada. 

O tratamento de sementes também é essencial nesse processo, visto que o mesmo, previne a entrada de pragas e doenças na planta, permitindo que as mesmas, cresçam mais sadias e vigorosas. 

Além disso, é desaconselhável o uso de sementes ilegais, sem certificado e procedência comprovada. A escolha pode reduzir drasticamente a produtividade e aumentar o risco de propagação de pragas, doenças e plantas daninhas.

Fique sempre atento, pois todo cuidado é pouco!

Para garantir a segurança das plantas ao ataque de pragas, doenças e plantas daninhas e obter uma boa produtividade, é extremamente necessário seguir as Boas Práticas de Controle desses organismos danosos. 

O controle químico deve ser priorizado apenas em casos extremos, onde a situação da lavoura já se encontra em estágio crítico e nenhum outro método alternativo é eficiente para controlar os danos causados nas plantas. 

Mas não se esqueça! Em casos de dúvida, consulte sempre um profissional da área, ele poderá orientar e recomendar as melhores técnicas de manejo para proteger a sua lavoura. 

Autoria da redatora do Ifope:
Karina Rosalen