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Indústria Alimentícia: Crescimento e Impacto na Economia

por marketing | ago 3, 2020 | Indústria de Alimentos | 4 Comentários

Indústria Alimentícia: Crescimento e Impacto na Economia

Nos últimos anos têm sido frequente ouvirmos sobre a famosa “crise” que atinge diversos segmentos no país. Mas e na área de alimentos? Esse cenário também é uma realidade? Como anda o crescimento da indústria alimentícia nos quesitos empregabilidade e impacto na economia nos últimos anos?

Confira agora os dados atualizados e quais são as perspectivas para 2020 desse segmento no Brasil.

A Indústria de Alimentos nos Últimos Anos

O setor de alimentos é um dos que mais impacta na geração de saldo positivo na balança comercial brasileira. Vamos conferir seu crescimento nos três últimos anos.

2017

O crescimento da indústria alimentícia foi retomado em 2017 após dois anos consecutivos de retração.

Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentos (ABIA), em 2017 o crescimento nominal da indústria de alimentação foi de 4,6%, com um ganho real no faturamento de 1,01%, atingindo a cifra de R$ 642 bilhões. Isso significa uma correlação desse faturamento com o PIB do país da ordem de 9,8%.

2018

Neste ano o setor de alimentos registrou um crescimento de 2,08% em faturamento, atingindo R$ 656 bilhões, o que representa 9,6% do PIB.

O total de investimentos em ativos, fusões e aquisições alcançou R$ 21,4 bilhões, registrando um aumento de 13,4%, contra R$ 18,9 bilhões registrados em 2017.

2019

De acordo com a ABIA, a previsão para as indústrias alimentícias em 2019 consistia num aumento de 2,5% a 3% da produção física (volume) e de 3% a 4% das vendas reais. As exportações também deveriam crescer até 15%.

No início de 2020, a ABIA divulgou o Relatório Anual 2019 contendo os dados de desenvolvimento do setor, em que as indústrias de alimentos:

  • obtiveram um faturamento de R$ 699,9 bilhões, 6,7% maior que o do ano de 2018;
  • registraram uma alta de 2,3% em vendas reais, a melhor taxa de crescimento desde 2013;
  • mantiveram o Brasil como o 2º maior exportador de alimentos industrializados do mundo, mesmo com uma queda de 2,3% nas exportações.

Ao longo dos anos, o setor de alimentos foi se direcionando para as exportações de produtos com mais valor agregado, diferentemente de tempos atrás, em que o foco estava em produtos in natura do agronegócio.

Exportação de Alimentos Processados

Como dito anteriormente, no ano de 2019 o Brasil se consolidou novamente como o segundo maior país exportador de alimentos industrializados, permanecendo no ranking apenas atrás dos Estados Unidos.

O setor exportou para mais de 180 países, o que representou 19,2% do volume total de vendas. Sobre os principais mercados importadores, a Ásia está em primeiro lugar, seguida da União Europeia e do Oriente Médio.

Para termos ideia da expressividade da produção brasileira e quais alimentos envolvidos, você pode observar a figura abaixo com dados de 2019:

Crescimento da Indústria de Alimentos - principais alimentos exportados
Fonte: ABIA, 2020.

O destino da produção dos alimentos industrializados é muito variado:

  • 178 países compraram carnes e seus derivados em 2018 – mesmo com todos os problemas que esse destacado setor enfrentou – o que mostra como esse segmento é importante e consolidado;
  • 162 países importaram açúcares e derivados;
  • 127 compraram conservas de vegetais e frutas, além de sucos;
  • e 122 países adquiriram óleos e gorduras (fonte: siamig.com.br).

Essa industrialização tem grande importância para a agropecuária nacional porque consome cerca de 58% do valor de tudo que é produzido no campo. Portanto, as expectativas de crescimento da indústria de alimentos repercutem no incremento do agronegócio brasileiro.

A Empregabilidade na Indústria Alimentícia

O Brasil apresenta um contingente de 36,1 mil empresas do segmento de alimentos, sendo o setor que mais emprega dentro da indústria brasileira de transformação. Com isso, qualquer crescimento nesta área reflete significativamente na geração e na qualidade de empregos.

Em 2018, foram gerados 13 mil novos postos de trabalho e a expectativa positiva para o ano passado foi concretizada. Segundo o Relatório Anual 2019, as indústrias alimentícias:

  • ocuparam o cargo de maior geradora de empregos;
  • criaram 16 mil novos postos de trabalho;
  • geraram cerca de 1,6 milhão de empregos diretos e formais;
  • responderam por 23,1% dos empregos da indústria de transformação brasileira.

Realmente um dos pontos essenciais da indústria alimentícia é gerar empregos! 

Alvos dos Investimentos das Indústrias de Alimentos

Segundo João Dornellas, presidente executivo da ABIA, a tecnologia e a inovação na indústria são essenciais para a competitividade e, por esse motivo, os departamentos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) são alvos de investimentos por diversas empresas. Estas, por sua vez, tem com objetivo oferecer alimentos seguros, com alto teor nutricional sem abrir mão do sabor, atendendo a uma demanda cada vez mais exigente do consumidor. 

Portanto, nesse cenário promissor e crescente para os próximos anos, há também grandes desafios para as indústrias, e a inovação é um deles.

Há estudos recentes que revelam: a falta de profissionais qualificados na indústria de alimentos é um obstáculo para a inovação.

O investimento em P&D engloba também o recrutamento e seleção de profissionais para atender à dinâmica do mercado de alimentos. Esse é mais um motivo para você buscar capacitação constante e de qualidade.

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Outro setor que demanda grande investimento na indústria alimentícia é o de controle de qualidade.

Esse departamento tem o objetivo de seguir as legislações sanitárias vigentes e oferecer, ao exigente consumidor, produtos com identidade e qualidade preestabelecidos.

É um setor que emprega muitos engenheiros, veterinários, tecnólogos em alimentos e demais profissionais da área e, por ser muito concorrido, mais uma vez torna-se fundamental que o profissional tenha sólidos conhecimentos sobre as normas que regem a produção de alimentos. 

A Indústria Alimentícia em 2020

Tendo como base os resultados registrados nos últimos anos, as expectativas para o desenvolvimento desse setor em 2020 eram completamente otimistas:

  • crescimento entre 2,5% até 3,5% das vendas reais;
  • aumento na geração de empregos superior a 1,5%.

No entanto, o surgimento da pandemia do novo coronavírus (COVID-19) se apresentou como o maior desafio a ser superado pelas indústrias. Algumas das principais preocupações geradas foram em torno do abastecimento e do comportamento do consumidor.

Confira agora os efeitos gerados por esses fatores:

Abastecimento da Indústria Alimentícia

Com o objetivo de reduzir ao máximo o contágio da população brasileira e minimizar os impactos do coronavírus, diversas restrições foram impostas por parte do governo.

Mesmo assim, o fato das indústrias alimentícias pertencerem ao ramo de atividades essenciais certamente conferiu uma vantagem à atuação produtiva do setor, que não sofreu grandes impactos negativos como outros.

Assim que a Organização Mundial da Saúde declarou o estado de pandemia, foi expressiva a preocupação do segmento e do governo em relação ao desabastecimento de alimentos para a população.

Assim, para minimizar os impactos e agilizar tanto a identificação de possíveis problemas quanto o encaminhamento de soluções, no mês de março a própria ABIA decidiu montar um comitê de crise em conjunto com outras associações. Desde então passou a monitorar diariamente essa questão.

Segundo o presidente da ABIA, o risco de desabastecimento já foi vencido e não há nenhuma perspectiva a curto prazo para o aparecimento desse problema.

Comportamento do Consumidor

Um dos principais fatores que rege o comportamento do consumidor no mercado de alimentos é a sua renda mensal. Infelizmente, várias das restrições anunciadas pelos governantes impactaram diretamente o bolso das pessoas. Salários foram reduzidos e milhares de brasileiros que trabalhavam nos serviços considerados não essenciais ficaram desempregados.

Com menos recursos e todo o estresse emocional gerado pela pandemia, o poder de compra do consumidor ficou restrito e ele passou a priorizar alimentos que:

  • possuíam preço mais acessível;
  • tinham maior tempo de validade;
  • apresentavam ingredientes com o apelo de fortalecimento imunológico.

Esse novo cenário no país certamente prejudica alguns segmentos da indústria alimentícia, levando-os à redução das vendas. Mesmo assim, essa crise pode servir de oportunidade para as empresas focarem na inovação e reinvenção de seus produtos, além de fortalecerem sua conexão com o público-alvo.

Em março, a Nielsen publicou uma pesquisa listando seis etapas essenciais que impactam no comportamento do consumidor brasileiro e as mudanças de hábito decorrentes delas. Confira na imagem abaixo:

Crescimento da Indústria de Alimentos - comportamento do consumidor na Covid-19
Fonte: Nielsen, 2020.

Profissionais Qualificados na Indústria Alimentícia

Nesse cenário, já podemos visualizar que o ritmo de crescimento do mercado faz com que as indústrias necessitem cada vez mais de profissionais qualificados.

Vale frisar que as instituições de ensino desempenham grande importância para o aprimoramento constante desses profissionais.

Atualmente, a disponibilidade de cursos na área de alimentos é imensa, gerando dúvidas e desconfianças quanto à idoneidade, qualidade e posterior reconhecimento no mercado de trabalho.

O primeiro passo é saber se o curso em questão é reconhecido pelo MEC. Ainda, se apresenta uma grade de conteúdo diferenciada e atualizada e que adicione conhecimentos teóricos baseados na prática da indústria de alimentos, direcionados para sua área de trabalho.

No blog do Ifope é possível esclarecer alguns pontos importantes sobre o aprimoramento profissional, explicando sobre as melhores estratégias de especialização – já que são dúvidas recorrentes dos profissionais da área.

O Ifope disponibiliza cursos de capacitação e pós-graduação a distância voltados para profissionais de diversas áreas de formação que atuam na indústria alimentícia.

O planejamento da carreira profissional é responsabilidade, única e exclusivamente, de cada um de nós. Muitos acreditam que é exclusivamente da empresa em que se trabalha. Sim, ela tem um importante papel no desenvolvimento, mas o interesse em aperfeiçoar, progredir e se especializar deve partir do profissional.

Portanto, seja o autor de sua carreira e invista em seu futuro profissional!

Pós POA
Saiba mais!

Autoria das redatoras do Ifope:
Tereza Abujamra  e Amanda Texeira

4 Comentários

  1. Vitor Gabriel Morais Monteiro
    Vitor Gabriel Morais Monteiro no 8 de maio de 2020 a partir do

    Conteúdo muito rico, bem organizado e bem discorrido. Meus parabéns aos envolvidos.

    Responder
  2. transportadores curvos
    transportadores curvos no 10 de junho de 2020 a partir do

    Esto es realmente interesante, eres un blogger muy profesional. Me he unido a tu RSS y me gustaria disfrutar más cosas en este gran blog. Además, !he compartido tu sitio en mis redes sociales!

    Saludos

    Responder
  3. jocar
    jocar no 12 de junho de 2020 a partir do

    Gracias por compartir con todos nosotros toda esta interesante información. Con estos granitos de arena hacemos màs grande la montaña Internet. Enhorabuena por este blog.

    Saludos

    Responder
  4. Ygor Magri
    Ygor Magri no 6 de novembro de 2020 a partir do

    Muito interessante saber sobre o crescimento da industria de alimentos. Parabéns pelo excelente conteúdo!

    Ygor Magri, CEO do Grupo Insight.

    http://www.insightgrupo.com.br

    Responder

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