As pragas, doenças e plantas daninhas são os principais fatores que afetam a produtividade da lavoura e a qualidade dos alimentos produzidos.
Dessa forma, preparamos para você algumas dicas de manejo que podem ser adotadas, prezando sempre, as Boas Práticas Agrícolas e a produção sustentável.
Vem conferir.
O Brasil destaca-se no cenário mundial por ser uma das principais potências na produção de alimentos. No entanto, a incidência de pragas, doenças e plantas daninhas comprometem o rendimento das culturas, causando grande prejuízo ao mercado.
Nos últimos tempos, notou-se um grande aumento na incidência desses fatores sobre as principais culturas agrícolas. Por esse motivo, é essencial implantar as boas práticas de controle para garantir a qualidade dos alimentos e uma boa produtividade.
Mas afinal, o que são Boas Práticas de Controle?
As Boas Práticas de Controle podem ser definidas como o conjunto de princípios, normas e recomendações técnicas de manejo, que tem como objetivo garantir uma boa produtividade, produzindo alimentos de qualidade sem agredir o meio ambiente e a saúde humana.
Quais as vantagens da implantação das Boas Práticas de Controle?
A implantação de técnicas adequadas traz grandes vantagens ao produtor rural, pois além de ter um produto final diferenciado, pode realizar a comercialização com maior valor agregado, sem deixar de contribuir com o meio ambiente, de preservar as suas áreas de cultivo e principalmente, a sua saúde.
Por que realizar as Boas Práticas de Controle?
Há inúmeras pragas, doenças e plantas daninhas que assolam a agricultura prejudicando o desenvolvimento das culturas. Diante desse cenário, cada vez mais, novas tecnologias e boas práticas de controle são criadas para combater esses problemas.
As plantas daninhas interferem diretamente na qualidade dos produtos e na produtividade das lavouras. Elas são capazes de competir com as culturas por água, luz e nutrientes, além de liberarem substâncias que afetam a germinação e o crescimento das outras espécies.
Leia mais em: O Impacto das Plantas Daninhas na Agricultura
Em relação às pragas, podemos considerar o inseto como uma praga potencial, quando ele realiza um ataque na planta e este ataque é capaz de causar um prejuízo econômico significativo ao produtor.
Dependendo da espécie, da população da praga, da fase de desenvolvimento da planta e da estrutura que foi atacada, o prejuízo pode ser maior ou menor, tanto em quantidade como em qualidade do produto.
Saiba mais: Insetos-praga: Panorama Fitossanitário
Já as doenças de plantas, são consideradas anormalidades causadas por microrganismos (fungos, bactérias, vírus) e também por fatores ambientais, como temperatura, luz e umidade.
Elas causam diversos prejuízos, tanto ao produtor quanto ao consumidor final, pois as produções ficam comprometidas, os alimentos perdem qualidade e consequentemente, o preço pago ao produtor diminuiu.
Por esses motivos, torna-se fundamental adotar técnicas de manejo que preconizam as Boas Práticas Agronômicas.
Quais são as técnicas de controle utilizadas?
Como o próprio conceito já define, as Boas Práticas são o conjunto integrado de diversas técnicas de controle. Nesse contexto, o Manejo Integrado é o ponto chave de toda questão, tanto para o controle de pragas, como de doenças e plantas daninhas.
O Manejo Integrado de Pragas, Doenças e Plantas Daninhas é o uso de diferentes métodos de controle, de forma organizada e harmoniosa, que tem como objetivo atingir um controle efetivo desses organismos danosos.
Algumas técnicas podem ser implantadas dentro do conceito de Boas Práticas de Controle:
Monitoramento da lavoura
A vistoria frequente da lavoura permite identificar qualquer aparecimento de planta daninha ou foco de pragas e doenças. Com isso, é possível acompanhar o progresso desses organismos danosos e avaliar os efeitos sobre a cultura, para então, decidir sobre a necessidade de adotar algum método de controle.
Rotação de culturas
Com a técnica de rotação de culturas é possível prevenir o surgimento, a fixação e a multiplicação de pragas e doenças na área, bem como, prevenir o aparecimento de plantas daninhas resistentes.
Controle biológico
A utilização de produtos biológicos no controle de pragas, doenças e plantas daninhas, está se difundindo cada vez mais dentro do novo modelo de produção agrícola sustentável.
O controle biológico busca a preservação de outros seres vivos e do meio ambiente como um todo, assim como, a qualidade de vida e a melhoria da saúde humana.
Adubação
A adubação equilibrada das culturas é fundamental para evitar problemas ocasionados por organismos danosos, pois um solo bem nutrido evita o aparecimento de plantas daninhas, assim como, uma planta bem nutrida é mais imune ao ataque de pragas e doenças.
Dessecação pré-plantio
A dessecação da área é realizada antes do plantio, para evitar o surgimento de plantas daninhas, e também, para que as culturas antecessoras não se tornem hospedeiras de insetos pragas.
A dessecação em pré-plantio apresenta diversos benefícios como:
- o aumento da qualidade dos grãos produzidos;
- facilidade no controle e no manejo das plantas daninhas;
- redução de perdas na colheita;
- maior facilidade no plantio e;
- proteção do solo e aumento de umidade com a palhada seca.
Variedades resistentes
O controle varietal é obtido através da utilização de variedades resistentes, que devido às suas características modificadas geneticamente, são capazes de resistir ao ataque de pragas, sofrendo menores danos.
Uso de sementes sadias
É muito importante adquirir sementes fiscalizadas de boa qualidade fisiológica e, principalmente, de boa qualidade sanitária.
A compra de sementes certificadas e produzidas em conformidade com a legislação confere maior segurança ao produtor rural, pois estas sementes são rigorosamente classificadas e não há riscos de conter outras sementes misturadas ao lote, como por exemplo, sementes de plantas daninhas, que podem germinar e infestar a área cultivada.
O tratamento de sementes também é essencial nesse processo, visto que o mesmo, previne a entrada de pragas e doenças na planta, permitindo que as mesmas, cresçam mais sadias e vigorosas.
Além disso, é desaconselhável o uso de sementes ilegais, sem certificado e procedência comprovada. A escolha pode reduzir drasticamente a produtividade e aumentar o risco de propagação de pragas, doenças e plantas daninhas.
Fique sempre atento, pois todo cuidado é pouco!
Para garantir a segurança das plantas ao ataque de pragas, doenças e plantas daninhas e obter uma boa produtividade, é extremamente necessário seguir as Boas Práticas de Controle desses organismos danosos.
O controle químico deve ser priorizado apenas em casos extremos, onde a situação da lavoura já se encontra em estágio crítico e nenhum outro método alternativo é eficiente para controlar os danos causados nas plantas.
Mas não se esqueça! Em casos de dúvida, consulte sempre um profissional da área, ele poderá orientar e recomendar as melhores técnicas de manejo para proteger a sua lavoura.
Autoria da redatora do Ifope:
Karina Rosalen
Sou professor do curso agronegócio na escola ETEC desejo receber mais informações referente a leitura de analise de solo. Como interpretar uma analise de solo e como realizar essa técnica deixo meu endereço
Quais as vantagens e desvantagens do controle cultural?
Olá, Valdeilson!
O controle cultural consiste em usar as condições ambientais ou procedimentos de manejo que promovam o rápido crescimento da cultura em detrimento às pragas.
Esse método causa menos impacto ambiental pelo menor uso de produtos químicos, reduz a seleção de pragas resistentes aos produtos químicos e também reduz a eliminação de inimigos naturais. Contudo, apesar do preço ser inferior ao do controle químico, pode ser mais caro para o produtor rural, pois os resultados demoram um pouco mais de tempo.
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