A atualidade revela um mercado alimentício cada vez mais competitivo. Por essa razão, a indústria de alimentos tem apresentado uma crescente busca por métodos que proporcionem uma melhoria na qualidade de seus produtos. Porém, para atender a todas as exigências e estar junto aos concorrentes ou, até mesmo, à sua frente, é necessário ir além dos produtos.
Assim, percebe-se a necessidade de melhorar a gestão de pessoas na indústria de alimentos, pois, por meio desse gerenciamento de funcionários e colaboradores, é possível melhorar a produtividade e os resultados do negócio.
Contudo, apesar de muitas empresas estarem adotando novas posturas, ainda encontram muitos desafios na gestão de pessoas. Então, se você quer descobrir mais sobre a gestão de pessoas na indústria de alimentos e, assim, conseguir uma equipe mais produtiva, continue acompanhado o texto.
O que é gestão de pessoas?
A gestão de pessoas nada mais é do que coordenar, conduzir e desenvolver as pessoas de uma empresa. Os funcionários são responsáveis por planejar e desempenhar as tarefas da indústria. Em suma, são eles quem atingem resultados e fazem com que as metas sejam cumpridas. Além disso, podemos sempre partir da pressuposição de que, onde há pessoas, também há a necessidade de fazer a gestão de recursos humanos.
Qual o papel do líder?
O líder desempenha um papel extremamente importante na gestão de pessoas na indústria de alimentos, visto que ele é o responsável por fazer o planejamento estratégico, mostrar os próximos passos e apontar a direção mais adequada que a empresa deve seguir. Também é sua função fazer uma gestão de recursos humanos correta, mostrando como a participação e o engajamento de cada cada funcionário é importante para a empresa. Um bom líder entende os benefícios da gestão de pessoas e, por isso, motiva seus liderados por meio de atitudes positivas e transformadoras.
Importante lembrar que, mesmo se tratando da automação industrial, como ocorre na indústria de alimentos, são as pessoas que fazem planejamentos, operam máquinas e garantem que tudo ocorra corretamente. Por isso, fazer a gestão de recursos humanos é tão valioso, o que fez com que muitas empresas adotassem uma cultura de maior reconhecimento desse capital. Como resultado, tem-se visto um aumento da presença de altos níveis hierárquicos no chão de fábrica, com a finalidade de valorizar funcionários e colaboradores.
Por que aplicar a gestão de pessoas na indústria de alimentos?
Não podemos ignorar que a gestão de pessoas é uma ferramenta de trabalho extremamente útil. A utilização de determinadas técnicas pode auxiliar diversos profissionais em seus trabalhos cotidianos, além de fazer com que sua atividade seja vista e valorizada. Por outro lado, ao se ignorar a relevância desse assunto, muitos prejuízos podem ocorrer. Pense:
- Alguma vez durante o trabalho você já se deparou com má vontade, rostos fechados e, até mesmo, falta de respeito?
- Já pediu que algo fosse feito e simplesmente nada foi executado?
- Ou, então, já notou que não havia conformidade sobre algum novo treinamento?
Se a resposta for “sim” para qualquer caso citado acima, é possível que isso tenha ocorrido pela falta de gerenciamento de pessoas.
Não só na indústria de alimentos, mas em qualquer outro segmento, trabalhadores insatisfeitos podem desrespeitar regras, gerar problemas ou até comprometer o nome da empresa. Casos de erros, como durante processos de CIP (clean in place), por exemplo, revelam o quanto isso pode comprometer uma marca de respeito, assim como seu responsável.
Portanto, é urgente que a gestão de pessoas na indústria de alimentos seja aplicada, formando profissionais conscientes e engajados. É preferível que o cuidado ocorra desde o início, desde a contratação de novos funcionários até treinamentos e promoções. E isso nos leva ao próximo ponto.
Como fazer a gestão de pessoas na indústria de alimentos?
Abaixo, separamos quatro exemplos de como fazer uma gestão de recursos humanos correta. Confira:
1. Admissão de novos funcionários
A participação do corpo técnico na contratação de novos funcionários deve ser considerada para que, em conjunto ao setor de recursos humanos (RH), sejam detectados aqueles candidatos mais aptos. Lembrando que a visão de aptidão do RH não é a mesma que a de um engenheiro de alimentos, por exemplo.
Essa ação sinérgica pode enriquecer o trabalho no futuro, por conciliar a admissão de uma pessoa que possua os mesmos valores da empresa e que também tenha hábitos e habilidades condizentes com a rotina de uma indústria de alimentos.
2. Treinamentos
A preparação de um treinamento deve ser realizada com cuidado, procurando enxergá-lo com a visão do colaborador. Os funcionários da indústria, na maior parte das vezes, não possuem o mesmo nível de instrução que o responsável pela preparação do treinamento. Além disso, como são eles quem vão executar as atividades, tudo deve ficar bastante claro, afinal, entre a imposição de uma regra e sua execução podem ocorrer muitas dificuldades.
Os treinamentos devem ter pouco texto, muitas fotos e imagens e conter exemplos. Além disso, se possível, deve-se propor atividades práticas ou que incentivem o debate. Esses artifícios aumentam o interesse dos colaboradores pelo tema abordado e também auxiliam na compreensão de conceitos e na conscientização do que é correto na indústria.
O treinamento é um dos processos básicos da gestão de pessoas. E a aplicação desses conceitos só traz benefícios à empresa.
3. Promoções
Algo que pode ser extremamente desmotivador para um funcionário é não valorizá-lo. Para que isso não aconteça, a empresa deve realizar promoções e mudanças de cargo, de acordo com competências e mérito.
O ideal é que a indústria tenha um programa que incentive o colaborador a melhorar – como um plano de carreira, por exemplo. Esse tipo de estratégia é interessante por motivar o colaborador a estar em constante aprimoramento e por identificar dentro da empresa funcionários com potencial para serem líderes ou muito eficientes em determinadas funções.
Apesar de os profissionais da área técnica não serem os responsáveis por essas questões, são eles os que estão mais próximos dos colaboradores. Com isso, são os mais aptos a fazerem a identificação e sugestão de funcionários destaques. O processo de recompensa é um conceito da gestão de pessoas que deve ser amplamente utilizado, visando fidelizar colaboradores.
4. Assessoria
Com a modernização das relações dentro das empresas e o aumento da competitividade no mercado, muitas indústrias de alimentos têm buscado estratégias que melhorem seus índices e a qualidade de seus produtos. A busca por assessorias ou, até mesmo, por um coaching tem se mostrado uma boa alternativa nesse sentido. A reestruturação do esquema de gestão de pessoas com ajuda especializada pode gerar resultados promissores.
O novo estilo de gestão da empresa deve gerar mudanças desde os níveis hierárquicos mais altos até o chão de fábrica. A modificação comportamental visa um maior engajamento em todos os departamentos, de forma a melhorar a qualidade das relações no ambiente de trabalho e, consequentemente, dos resultados das equipes.
Desafios na gestão de pessoas
Devemos lembrar que realizar a gestão de pessoas em indústrias de alimentos pequenas e médias é um pouco mais simples, pois estas levam vantagem quanto ao número reduzido de funcionários. Uma equipe menor é mais acessível, possibilitando que seja realizado um trabalho mais presente, o que cria uma relação de empatia e proximidade com os colaboradores. Por outro lado, empresas grandes são mais difíceis de gerir. Assim, quanto maior a empresa, maiores os desafios na gestão de pessoas.
Benefícios da gestão de pessoas
A adoção da cultura da gestão de pessoas na indústria de alimentos é um tema atual. Mas, conscientizar sobre sua importância deve ser uma prioridade de profissionais e empresas que queiram se manter competitivos.
Funcionários não são máquinas, mas pessoas; e essa premissa deve ser observada. Uma vez que o colaborador se sente compreendido e respeitado, ele trabalha melhor, e gera resultados de maior qualidade. Em consequência disso, a rotatividade de colaboradores cai, elevando o nível de experiência dentro do setor, o que reduz a probabilidade de ocorrerem erros e desvios. Além disso, diminuem-se custos com novos processos seletivos e perda de tempo dentro da indústria.
Para você, profissional da indústria de alimentos – seja auxiliar, gestor ou líder – a gestão de equipes passa a ser um diferencial competitivo, pois o conhecimento prático nessa área, aliado aos conhecimentos técnicos, faz com que um profissional tenha mais habilidade para resolver problemas e gerar resultados ainda melhores.
Conclusão
Ser valorizado na indústria de alimentos é ponto chave para o crescimento profissional. E, se você chegou até o fim deste artigo, provavelmente pensa da mesma forma. É evidente que a motivação da equipe é importante em momentos turbulentos e um diferencial para alcançar mais produtividade. Pessoas inspiradas trabalham melhor. Por isso, procure fazer a gestão de pessoas na indústria de alimentos o quanto antes.
A intenção deste artigo foi apenas dar um pontapé inicial, despertar sua curiosidade sobre o assunto e fazer com que seu dia a dia na indústria melhore. E, para isso, entendemos que a especialização em alimentos também é indispensável.
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Muito bom esse artigo! Parabéns aprendi muito! Gostaria que muitas pessoas visualizasse!